A Bundesliga lançou seu relatório de negócios feito sob encomenda para a McKinsey & Company. De acordo com o documento, recebido pela Máquina do Esporte, o torneio empregou 110 mil pessoas em tempo integral (os números se referem à temporada 2013/2014.
A edição de um anuário com os números obtidos pelo Campeonato Alemão é feita desde 2010. Pelo levantamento, a Bundesliga seria a quarta maior empregadora privada da Alemanha.
“O futebol alemão não só se desenvolveu de uma forma extraordinária do ponto de vista esportivo, mas também economicamente”, afirmou Thomas Netzer, autor do relatório e diretor do escritório da McKinsey em Colônia, em entrevista à agência DPA.
Segundo a consultoria, a temporada 2013/2014 movimentou € 7,9 bilhões (R$ 31,7 bilhões) na economia alemã, o que representa um aumento de 55% em relação ao levantamento de 2007/2008. Isso gerou no pagamento de impostos € 2,3 bilhões para o país, ou um crescimento de 53% em cinco anos.
A Bundesliga, no entanto, ainda poderia ser muito maior do que é. Os 56 clubes das três ligas profissionais da Alemanha representam apenas 0,3% do PIB da Alemanha para 2014. No entanto, o negócio do futebol profissional tem apresentado crescimento mais acelerado do que a maioria dos demais setores da economia do país campeão do mundo.
O esporte, porém, mostra crescimento mais acelerado em relação a outros setores da economia. Houve aumento de 6,1% no período do estudo, ficando à frente por exemplo de serviços de TI (3,8%), automotivo (3,2%), serviços de comunicação e correios (2,5%), medicina e saúde (1,2%), banco e finanças (retração de 0,7%). Nesse período, a economia alemã teve crescimento de 0,6%.
No entanto, para aumentar sua expansão, as chances são limitas. As três ligas estão limitadas a 600 jogos ou 900 horas de futebol. Nos últimos anos, o crescimento foi impulsionado pela venda de ingressos e lotação nos estádios. No entanto, o setor está atingindo seu limite, com 90% de ocupação, um índice ligeiramente inferior ao obtido pela Premier League, a liga profissional da Inglaterra.
A liga alemã projeta crescimento de 35% até a temporada 2020, meta que pode ser alcançada com aumento de arrecadação principalmente em três setores: venda de produtos licenciados, direitos de TV e patrocínios. Outra opção seria promover um aumento acentuado no preço dos tíquetes, modelo adotado anos atrás, por exemplo, pela Premier League. Essa, contudo, não parece ser uma estratégia a ser adotada pela Bundesliga, que tem optado por bilhetes mais populares e lotação dos estádios, ampliando sua base de torcedores.