O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, deixou público nesta semana o desejo de dividir o estádio da Portuguesa da Ilha com o Flamengo durante os Jogos Olímpicos de 2016. Ambos terão que buscar um arranjo comercial para ampliar a arena com assentos provisórios. Mas, mais do que isso, o mandatário tricolor reforçou algo que tem estado em evidência nos últimos meses: os dois rivais estão unidos como poucas vezes em suas histórias.
As diretorias dos dois clubes têm se juntado em uma série de questões. A mais evidente foi a briga contra a Federação de Futebol do Rio de Janeiro, e a posterior aposta na Liga Sul-Minas-Rio. Hoje, ambos mantêm parceria com a Odebrecht pelo uso do Maracanã.
Até mesmo em questões menos visíveis ao público existem acordos entre os clubes. Foi o que aconteceu com os departamentos jurídicos dos times, que têm se unido para fazer trocas de experiências e resolver pendências em conjunto.
Segundo a Máquina do Esporte apurou, não há nenhum acordo oficial entre os dois clubes, como algo relacionado a contratos de patrocínio. Não é como, por exemplo, Grêmio e Internacional, que fazem acordos juntos. No entanto, há algo que foi chamado de proximidade em “ideologia e conceito” no modo de gerir o futebol.
E essa proximidade não acontecia nos anos anteriores. Tanto que, durante os Jogos Panamericanos de 2007, foi o Botafogo que usou o estádio da Portuguesa da Ilha com o Flamengo. O Fluminense atuou em Volta Redonda, que ficou como plano ‘b’ para 2016.
Naquele ano, a Petrobras arcou com as estruturas provisórias do estádio. Hoje, esse arranjo comercial é justamente o desafio comprado pelas diretorias de Flamengo e Fluminense. O plano é buscar incentivos fiscais para conseguir arcar com as cadeiras extras, que podem elevar a capacidade da arena para 30 mil pessoas.