Embora o governo não tenha feito qualquer pronunciamento a respeito, a Caixa exigiu dos times que foram patrocinados até o ano passado por ela que retirassem a marca da empresa de todo o material de comunicação. O ato é um indício de que a empresa dificilmente continuará apoiando o esporte.
A medida tem como objetivo impedir uma prática comum no mercado, que é a de manter a logomarca do patrocinador enquanto negocia a renovação do contrato e, depois de acertar o prolongamento do vínculo, receber retroativamente pelo tempo em que a marca ficou exposta na camisa do clube. Nos seis anos em que a estatal apoiou o futebol, os clubes mantiveram essa prática nesta época do ano. Essa medida também é feita com algumas empresas privadas.
Segundo apurou a Máquina do Esporte, os clubes foram informados poucos dias após a posse do novo presidente da Caixa para retirarem a logomarca da empresa das camisas de jogos, backdrops e sites. Internamente, a empresa decidiu rever todos os contratos e, por conta disso, exigiu que não tivesse exposição com quem não tem mais vínculo com ela.
Botafogo e Sport são os únicos que possuem contrato até o final de fevereiro. Já no ano passado, quando renovou os patrocínios para 2018, a Caixa havia padronizado os contratos para irem até dezembro.
Com a saída da estatal, o futebol “perde” R$ 160 milhões em patrocínio. O banco era o maior patrocinador do futebol brasileiro desde 2013, quando começou a patrocinar vários clubes após uma temporada de acordos fixos com Athletico Paranaense, Avaí e Figueirense, e de uma ação pontual com o Corinthians no Mundial de 2012.
Até agora, nenhum clube anunciou um patrocinador para substituir a estatal.