A Caixa Econômica Federal tem duas negociações em andamento para se associar diretamente aos times de futebol do Brasil. O banco conversa com o Clube dos 13 para criar um título de capitalização das equipes nacionais e para vender ingressos em casas lotéricas.
A venda de ingressos é um projeto defendido efusivamente pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Na última terça-feira, em evento realizado no salão nobre do Parque São Jorge, o mandatário disse que essa é uma forma para as equipes coibirem a ação de cambistas.
“No dia em que os clubes quiserem acabar com os cambistas, a Caixa Econômica Federal já está pronta para vender ingressos nas lotéricas. É só conversar com o Orlando [Silva Júnior, ministro do Esporte] para acertarmos isso”, disse o presidente .
Entretanto, a venda de ingressos no sistema da Caixa demanda outra alteração. O modelo só será viável se acontecer o cadastramento que faz parte do projeto “Torcida Legal”, aprovado pelo Senado em julho deste ano.
O problema é que a Caixa não pode receber lotes de ingressos no modelo atual, em papel ou cartões. O banco necessita de um sistema que reconheça na entrada do estádio um crédito distribuído nas lotéricas.
“Essa é a vedete do presidente. Ele nos cobra muito sobre isso, e nós estamos trabalhando no conceito. Precisamos apenas fazer esse pequeno ajuste”, afirmou Alcino Reis Rocha, assessor especial de futebol do Ministério do Esporte.
Quanto ao título de capitalização, o maior problema é que algumas equipes possuem acordos individuais com outras instituições. É o caso do Corinthians, que já lançou um produto semelhante em parceria com a Sulamérica.