A Caixa entrou, no mês de março, no período de renovação dos acordos de patrocínio no futebol. Seguindo a tendência dos últimos anos, o banco não vai aumentar o valor investido em patrocínio esportivo. E, para isso, a decisão da estatal passa por reduzir a exposição que terá na camisa dos clubes.
Segundo o blog do Rodrigo Mattos, no UOL, a Caixa provisionou R$ 153 milhões para serem investidos no futebol. Essa verba não contempla aumento no valor a ser investido dentro dos clubes, o que tem provocado uma renegociação das propriedades envolvidas.
Atlético-MG, Cruzeiro e Flamengo são três clubes que acertaram a renovação do acordo nessas novas bases. Os dois times mineiros passarão a ter a marca da Caixa só na parte frontal da camisa. E o valor de 2017 do patrocínio será reduzido em R$ 1 milhão.
O Flamengo é outro que mudou o contrato. O clube terá os mesmos R$ 25 milhões nos cofres. Mas, em troca, além de as costas da camisa, o X que ficava no ombro do uniforme sairá.
Essa renegociação de propriedades tem emperrado algumas confirmações de patrocínio neste primeiro trimestre. O Santos é um dos clubes da Série A que ainda não acertaram com a Caixa. Além dele, Botafogo e Vitória discutem as bases do contrato.
Desde 2016 que a Caixa vem renegociando os valores de seus patrocínios no futebol. O Flamengo foi o primeiro clube que conseguiu lucrar com essa estratégia, quando abriu as costas da camisa para outro patrocinador, fechando contrato com a MRV. A expectativa, agora, é de que novas marcas entrem nas camisas, reduzindo a força única da Caixa no mercado de futebol.
Em 2018, se todos os contratos forem renovados, o que deve acabar acontecendo, a Caixa terá 16 dos 20 clubes da Série A com sua marca na parte de maior exposição no uniforme. É uma das maiores hegemonias já alcançada pela empresa estatal desde que passou a patrocinar clubes, na edição de 2012.
Além dos clubes, porém, a Caixa tem ampliado acordos de patrocínio a campeonatos. Em 2018, além de patrocinar Campeonatos Estaduais ela deverá ser a patrocinadora das Séries B, C e D do Brasileirão.
Ela só não está na principal divisão porque o acordo de patrocínio envolve as empresas patrocinadoras da transmissão da Globo. Assim, o Itaú ocupa a cota destinada ao segmento financeiro. No ano que vem, quando a venda das placas de publicidade nos jogos da Série A passam a ser também da CBF, a Caixa poderá ampliar ainda mais a presença no futebol.