O Brasil é campeão do mundo de handebol entre as mulheres. Mas convive com falta de recursos que impedem o início da primeira rodada da Liga Nacional feminina da modalidade. Na última segunda-feira, o time APAHAND/UCS/Caxias do Sul mandou um comunicado à imprensa afirmando que a estreia do time na liga, que seria no próximo dia 18, foi adiada, já que a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) não havia conseguido a autorização para organizar o torneio com o Ministério do Esporte.
O comunicado do time reflete uma aflição dos clubes com a competição. O primeiro empecilho para a abertura da liga aconteceu na busca por receitas via Lei de Incentivo ao Esporte. A CBHb esperava captar R$ 1,9 milhão por meio de verba incentivada, mas não atingiu esse valor.
Para a Liga Masculina, que já está em andamento, a entidade conseguiu a aprovação no Ministério do Esporte de quase R$ 2,2 milhões, ainda que não tenha sido fechado nenhum acordo por ora. Na versão feminina, a confederação arrecadou R$ 700 mil, graças ao investimento do Banco do Brasil, do BB Consórcio e dos Correios, ambos por meio da Lei de Incentivo.
Com menos da metade do valor almejado, a CBHb teve de reformular o torneio para que ele coubesse no orçamento. O novo projeto foi aprovado pelo Ministério do Esporte, mas a entidade sofreu um novo revés.
Na última semana, o time de Itapevi alegou problemas internos e se retirou da competição. Como depende do Ministério do Esporte, a confederação teve enviar uma nova proposta, com uma nova tabela e um novo orçamento. Dessa maneira, a competição teve que ser novamente adiada. A nova data, agora, depende de nova readequação e aprovação do projeto na Lei de Incentivo ao Esporte.
Neste ano, a disputa terá cinco jogos transmitidos na Sportv, com semifinal e final decididos no mesmo local. Com um evento consolidado e maior atenção da mídia, a esperança é por maior facilidade em 2015.