Passando por grave crise financeira, o São Paulo vai transformar a torcida em uma de suas principais fontes de receita. O clube está prestes a fechar contrato para “bandeirar” os cartões dos sócios-torcedores, transformando-os em ferramenta para pagamento em débito ou crédito com Visa ou Mastercard.
Segundo a Máquina do Esporte apurou, as negociações estão avançadas e deverão ser encerradas ainda nesta semana. Ainda não há, contudo, previsão para a implementação do novo sistema. Um percentual das compras feitas pelos torcedores será revertido para o clube.
O projeto é apenas uma das vertentes da revitalização do programa de sócio-torcedor são-paulino, apresentado na última terça-feira (14). A meta do São Paulo é dobrar o número atual de inscritos – 55 mil – até o fim de 2015 e arrecadar até R$ 40 milhões por ano com planos que variam entre R$ 12 a R$ 489.
Dentro do clube, a iniciativa é vista como prioridade para os próximos meses. Durante a coletiva de lançamento da nova fase do projeto, o vice-presidente de marketing, Douglas Schwartzmann, disse que “o sócio-torcedor é mais importante do que o patrocínio máster”, em virtude do potencial de arrecadação.
A última empresa a ocupar o espaço nobre do uniforme tricolor foi a STI, cujo contrato terminou no ano passado. A parceria rendeu ao São Paulo cerca de R$ 20 milhões, metade da cifra pretendida com o programa de fidelização do torcedor.
Dividido em oito categorias, o projeto tem uma rede credenciada com cerca de duas mil lojas, que incluem restaurantes, viagens, serviços, lazer e entretenimento, além de beneficiar o torcedor com antecipação na compra de ingressos e brindes.
O valor das compras realizadas nas unidades cadastradas será convertido em moedas tricolores, que poderão ser trocadas por experiências e abatimento no valor de contas de luz ou gás, por exemplo. O São Paulo ainda negocia a ampliação da gama de serviços prestados aos inscritos.