A Renault anunciou nesta quarta-feira a demissão de Flavio Briatore, chefe da escuderia na Fórmula 1, e Pat Symonds, diretor de engenharia da equipe, envolvidos no esquema de armação de resultados no Grande Prêmio de Cingapura de 2008 com o piloto brasileiro Nelsinho Piquet. Demitido no fim de julho, Nelsinho apresentou um dossiê denunciando que teria sido instruído a bater durante a corrida para favorecer Fernando Alonso, que subiu ao lugar mais alto do pódio naquela ocasião. “A equipe Renault não vai contestar as alegações recentes feitas pela FIA sobre o GP de Cingapura de 2008”, informou um comunicado oficial da escuderia. “Queremos também declarar que o diretor chefe Flavio Briatore e o diretor de engenharia Pat Symonds deixaram o time?. A montadora francesa completou o comunicado reiterando só se pronunciará oficialmente sobre o caso na audiência extraordinária do Conselho Mundial da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), marcada para a próxima segunda-feira. A saída de Briatore, segundo informações da imprensa espanhola nesta semana, foi uma condição imposta pela FIA para que a Renault não fosse banida da categoria. Além disso, seria uma vingança do presidente da entidade, Max Mosley, contra seu desafeto italiano. O caso veio à tona no mês passado, durante o fim de semana do GP da Bélgica. Além do depoimento de Nelsinho Piquet, a imprensa teve acesso aos dados de telemetria que compravam a aceleração voluntária do brasileiro durante o acidente. Desde então, a família Piquet e Briatore iniciaram uma troca pública de ofensas. O ex-chefe da equipe chegou a insinuar que Nelsinho teria um caso homossexual com um homem mais velho e informou que entraria com um processo judicial para se defender das acusações.