Não foi apenas a audiência do Super Bowl que quebrou recorde. Os valores movimentados pelas apostas na final da liga de futebol americano dos Estados Unidos (NFL) também foram inéditos. Em Nevada, o montante correspondeu a US$ 119,4 milhões (R$ 288,6 mi).
Mas as cifras não foram totalmente destinadas aos vencedores. Segundo o Nevada Gaming Control Board, entidade local responsável pela fiscalização dos jogos, os cassinos abocanharam 16,5% dessa quantia (US$ 19,7 mi), maior índice desde 2005, quando lucraram 17%.
É normal, aliás, que as casas de apostas faturem mais que os apostadores. A última vez em que o cenário se inverteu foi no S. Bowl de 2008 (somente 2,8% ou US$ 2,6 mi foram para as empresas). Na época, os Estados Unidos atravessavam uma grave crise financeira.
De qualquer forma, chama a atenção a alta quantia de capital em circulação anualmente na decisão da NFL. O fato pode ser explicado pelo sistema adotado pelas companhias norte-americanas de jogos de azar, nitidamente diferentes em relação às europeias e asiáticas.
Entre outros fatores, os cassinos dos Estados Unidos trabalham com quotas mais elevadas. O risco de prejuízo é maior, assim como a possibilidade de arrecadar bastante, em caso de êxito. Por outro lado, as corporações de Europa e Ásia compreendem números mais baixos.