A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) está à espera de uma ajuda do governo federal para sair do sufoco financeiro. Em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Carlos Nunes, presidente da entidade que gere o basquete nacional, afirmou que pretende anunciar em breve o patrocínio de uma empresa estatal para aliviar as combalidas finanças da instituição.
A CBB, atualmente, é patrocinada pelo Bradesco. Desde o ano passado, a entidade perdeu o patrocínio da Eletrobrás. O aporte estatal não foi reposto, o que gerou uma pressão de Carlos Nunes para que o governo indicasse uma empresa pública para apoiar a entidade. Na última semana, ele se reuniu com Aldo Rebelo, ministro do Esporte, para pedir ajuda nesse sentido.
“Precisamos de um outro parceiro para cumprir o planejamento que fizemos até os Jogos Olímpicos de 2016, passando pelo Mundial deste ano. O ministro disse que deve ter um retorno sobre isso em breve”, disse Nunes em entrevista ao “Estadão”.
Segundo o dirigente, a CBB é uma das únicas confederações de esportes que fazem parte do programa olímpico a não ter o aporte de uma empresa estatal. Segundo ele, o ministro do Esporte se comprometeu a ajudar na solução.
“O ministro não confirmou o nome da estatal. Mas, de qualquer maneira, nós apresentamos um demonstrativo e ele viu que a única modalidade olímpica que não tem uma estatal hoje é a CBB. É nisso que ele está empenhado em resolver. Até o dia 15 de julho já devemos ter um outro parceiro”, disse Nunes.
Recentemente, a CBB e Carlos Nunes foram publicamente cobrados por Ricardo Leyzer, secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento. A falta de projetos para o desenvolvimento do basquete e a precária situação financeira da entidade foram algumas das reclamações feitas pelo executivo do governo.
Um dos problemas alegados por Nunes na entrevista ao “Estadão” foi de que, com a saída da Eletrobrás, o orçamento da entidade caiu de R$ 21 milhões para R$ 4,8 milhões.