No comunicado oficial sobre o fim das atividades de sua equipe profissional, a Unisul responsabilizou a política da TV Globo, que não cita o nome de empresas que investem na modalidade. A emissora respondeu, também em nota, disse que o comportamento é antigo e que não poderia ser usado como explicação para uma decisão recente. A CBV adotou o mesmo argumento para defender seu parceiro de mídia, mas admitiu que busca um novo formato para as transmissões do esporte. ?Essa situação vem sendo debatida há anos, mas agora estamos conversando de uma forma mais próxima com todas as emissoras de televisão. Estamos falando seriamente sobre formas de diminuir essa dist”ncia entre interesses de um e de outro. A ideia é criar uma estratégia que seja positiva para todos?, disse Ary Graça Filho, presidente da Confederação Brasileira de Voleibol. O principal apelo da entidade é que a TV Globo admita enquadramentos mais abertos nas transmissões de jogos e coletivas oficiais da modalidade. Com isso, os patrocínios seriam expostos em backdrops e banners colocados nas quadras. Outra proposta é que as transmissões de vôlei tenham enquadramentos mais abertos no Sportv, canal fechado que mostra as partidas das fases de classificação da Superliga, mas que adote closes quando os jogos forem exibidos na Globo (a rede aberta transmite apenas algumas partidas decisivas). ?Essas são algumas possibilidades. Queremos conversar e discutir formatos. Eu entendo perfeitamente que o comercial da emissora não pode se misturar com as transmissões, mas precisamos valorizar as empresas que investem e garantem a evolução do esporte?, pediu Graça Filho. A despeito de pedir mudanças, porém, o dirigente é enfático ao descartar qualquer hipótese de um confronto com a Globo. ?Eu sou desse tamanhinho. Não é só com eles, mas com qualquer um da mídia. Você acha que eu vou enfrentar??, questionou.