A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) assinou nesta quarta-feira (14) um contrato de um ano com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A instituição de ensino e consultoria vai melhorar mecanismos de gestão e governança da entidade, aumentar práticas de transparência e prestação de contas e aprimorar a eficiência e a representatividade.
“As organizações esportivas, que se beneficiam de recursos públicos e privados, precisam sistematizar a adoção de práticas de transparência e de prestação de contas”, disse Neuri Barbieri, diretor-geral da CBV, nesta quarta.
A FGV vai revisar a estrutura organizacional do órgão, ou seja, vai mapear e ajustar processos de trabalho, quadro de pessoal e alinhar a gestão atual ao direcionamento estratégico que possui a confederação, segundo nota oficial.
As 27 federações de cada estado também receberão a atenção da instituição, que pretende ouvi-las para melhorar a gestão e a comunicação entre os órgãos estaduais e a CBV.
A FGV, aliás, prometeu ouvir toda a comunidade do vôlei brasileiro. Técnicos, patrocinadores, atletas, entre outros envolvidos, serão ouvidos antes de elaborar um novo plano de gestão.
A contratação da entidade é mais um passo do processo que começou em janeiro de 2014 de reforçar a transparência na gestão da CBV. Em 21 de março, a confederação trouxe a auditoria PricewaterhouseCoopers para revisar contratos de terceirização de serviços assinados na gestão anterior, do então presidente Ary Graça Filho, entre janeiro de 2010 e dezembro de 2013. O resultado da auditoria foi que houve pagamentos suspeitos de R$ 5,5 milhões a empresas ligadas a ex-dirigentes da entidade, mas ainda não se sabe se eles foram ilegais.
A partir de abril, a CBV vai publicar balancetes financeiros mensalmente. Os documentos de janeiro, fevereiro e março de 2014 já estão disponíveis no site da entidade.