Após muitas negociações, a Primeira Liga conseguiu finalmente sair do papel no início deste ano, com televisão e com os primeiros patrocínios. Isso, no entanto, não significou que o público tenha de fato abraçado o torneio, que teve públicos baixos em suas primeiras rodadas. Agora, os times tentam driblar o fato com algumas ações para fazer com que a disputa “pegue” entre os torcedores.
Na última quarta-feira, por exemplo, o Cruzeiro anunciou que os ingressos para o próximo jogo terão os valores reduzidos. Com a nova precificação, alguns sócios poderão entrar em campo com tíquetes a R$ 15.
No domingo, o Grêmio já havia feito uma ação com os sócios aniversariantes do dia. Eles foram chamados para entrar no campo da Arena do time e, com um acompanhante, puderam assistir à partida contra o Coritiba em um local nobre do estádio. Nas arquibancadas, apenas 10 mil pessoas pagaram para ver o jogo.
Já o Flamengo colocará a partida para longe. Sem o Maracanã, o clube atuará no estádio Kleber Andrade, na grande Vitória. A partida contra o América, marcada para o dia 17, já teve 7 mil ingressos vendidos.
Não parece muito, mas já é mais do que teve o Fluminense contra o Atlético Paranaense. No Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, apenas 6 mil pessoas assistiram à partida. Isso porque o clube liberou a entrada; um quilo de alimento serviu como ingresso para a estreia tricolor no torneio.
De maneira geral, a média de público da Primeira Liga só tem superado os estaduais. Com exceção de Atlético Mineiro e Flamengo, que colocaram 30 mil pessoas no Mineirão, os resultados são discretos, com média de 8,7 mil pessoas.
Em comparação, o Brasileirão não teve nenhuma rodada com menos de 11 mil pagantes em 2015. Na temporada do ano passado, o Paulistão teve 7,6 mil de média e o Carioca ficou com 5,3 mil.