Clube com maiores ganhos em patrocínio no mundo, o Manchester United quer ir além. A equipe pediu, em reunião entre os participantes da Premier League, a primeira divisão da Inglaterra, autorização para usar patrocínio também na parte de trás das camisas.
A iniciativa já é permitida em outras competições inglesas, como a FA Cup e a Copa da Liga Inglesa. A proposta, porém, foi rejeitada pelos clubes por unanimidade. Para as demais equipes, a nova possibilidade de renda só serviria para os times grandes, que conseguiriam atrair novos (e milionários) patrocinadores, aumentando ainda mais o desnível entre as equipes que disputam o Campeonato Inglês.
O desnível, de fato, só tende a aumentar, o que se torna um dos principais desafios para o Campeonato Inglês manter a competitividade. Há dois meses, o Manchester United anunciou patrocínio milionário da Chevrolet. Pelo acordo, válido por sete anos, o clube de Old Trafford receberá US$ 557 milhões (cerca de R$ 191 milhões por temporada).
No ano que vem, a Adidas vai se tornar fornecedora do material esportivo do clube por cerca de R$ 300 milhões ao ano. O acordo tem duração até 2026.
Pode parecer estranho que um clube assim precise melhorar a arrecadação. Mas neste ano, o Manchester United ficou de fora das principais competições europeias. Após uma fraca temporada, o clube não obteve classificação nem para a Liga Europa. A diretoria calcula que deixará de arrecadar cerca de R$ 193 milhões.
Não bastasse isso, o clube colheu ainda resultados ruins no início da nova temporada. O time do técnico Louis Van Gaal já foi eliminado da Copa da Liga Inglesa, na primeira rodada, ao ser goleado por 4 a 0 pelo surpreendente Milton Keynes Dons, equipe da terceira divisão.
Para melhorar o elenco, o time gastou R$ 580 milhões para trazer craques como Di Maria, Falcao García, Rojo e Blind, entre outros.