Se pudesse voltar no tempo, o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, afirmou que não titubearia em apoiar que os Jogos Olímpicos fossem realizados no Rio de Janeiro. “Não me arrependo de maneira nenhuma”, disse o dirigente durante coletiva de imprensa no MPC (Centro Principal de Mídia), dentro do Parque Olímpico, na qual fez um balanço da Olimpíada do Rio.
Bach, porém, reconheceu alguns problemas de infraestrutura no megaevento esportivo brasileiro. Mas, para o alemão, os incidentes aconteceram porque os Jogos estiveram inseridos dentro da realidade carioca.
“Essa Olimpíada não foi feita em uma bolha. Escolhemos uma cidade que tem problemas, que tem uma realidade com muitos desafios. Os Jogos Olímpicos do Rio 2016 foram realizados nessa realidade. E isso foi bom porque mostramos que o esporte pode ajudar a resolver problemas e a unir as pessoas”, destacou o presidente do COI.
Bach citou algumas grandes histórias que os Jogos do Rio contaram, como o desfecho vitorioso das carreiras do nadador Michael Phelps e do velocista Usain Bolt. E não deixou de lembrar exemplos do Brasil.
“Rafaela Silva nasceu na Cidade de Deus e se tornou campeã olímpica. Ela vai inspirar não só crianças brasileiras, mas do mundo todo”, elogiou Bach, citando a judoca campeã da categoria até 57 kg.
Sobre legado da Olimpíada brasileira, Bach evitou comentar o fracasso na despoluição da Baía de Guanabara. Preferiu ressaltar outros investimentos que ficam para a cidade. “A infraestrutura de mobilidade urbana irá ficar para futuras gerações.
Também destacou as arenas construídas, de forma provisória ou permanente, para as competições. “Tivemos desempenhos excelentes que só foram possíveis porque temos ótimas instalações esportivas. O vôlei de praia em Copacabana, o Sambódromo [local do tiro com arco e da chegada da maratona], a vela. São instalações esportivas ícones. Queremos dizer muito obrigado aos brasileiros e cariocas”, afirmou.
Sobre o baixo interesse na compra de ingressos para a Paralimpíada, Bach afirmou que espera que essa realidade seja revertida. “Em Londres 2012, as vendas de bilhetes cresceram muito com a aproximação dos Jogos. É o que acredito que irá acontecer aqui.”