O processo para escolha das cidades que sediam os Jogos Olímpicos pode ser encurtado em um ano. Essa é uma das principais apostas do Comitê Olímpico Internacional em um esforço para conter gastos em projetos e candidaturas ? atualmente, a definição de sedes é resultado de um conjunto de etapas que duram dois anos. A preocupação do COI e a possibilidade de uma redução no processo de eleição foram reveladas por Denis Oswald, membro da entidade, em congresso realizado no último sábado, em Copenhague. A proposta dele é evitar que cidades invistam apenas para terem repercussão midiática oriunda da candidatura. ?[A redução no processo] impediria candidatos cujo único interesse é publicidade de curto prazo com uma inscrição descompromissada?, disse Oswald, segundo a consultoria ?Sportcal?. Na última sexta-feira, a fase final da seleção do COI foi disputada por Chicago, Madri, Tóquio e pelo Rio de Janeiro, que venceu a disputa. Antes, Doha, Baku e Praga haviam sido eliminadas no processo de escolha para sede dos Jogos de 2016. ?Hoje em dia, basta uma cidade dizer que quer ser candidata. Não existe outro requisito. Eles deveriam preencher um questionário com elementos básicos e receber, dentro de um mês, uma visita de peritos para dizer se podem fazer parte da disputa. Algumas cidades sabem que não tem chance, mas é um contrato barato dizer que são candidatas aos Jogos Olímpicos e lucrar com isso?, completou Oswald.