O COI (Comitê Olímpico Internacional) divulgou ter flagrado 31 atletas de seis esportes e 12 países em novos testes nas amostras coletadas nos Jogos de Pequim, em 2008. Foram analisadas um total de 454 amostras coletadas na ocasião.
Todos esses atletas estavam aptos a competir na Olimpíada do Rio. Porém, tiveram abertos um procedimento disciplinar que pode afastá-los da competição.
“Esse é um poderoso ataque às fraudes. Queremos mostrar novamente que os dopados não têm como se esconder”, afirmou Thomas Bach, presidente do COI.
Outros casos positivos ainda podem ser encontrados em 250 amostras colhidas durante as Olimpíadas de Londres-2012, cujos resultados ainda não foram divulgados. O COI também pretende reanalisar as amostras dos Jogos de Inverno de Sochi-2014.
De acordo com as regras do antidoping, é possível refazer os testes dez anos após ter sido colhida a amostra. O comitê afirmou que não irá identificar imediatamente os atletas por razões legais. “Todos esses atletas infringiram as regras do antidoping e serão proibidos de competir nos Jogos Olímpicos”, afirmou Bach.
O procedimento de testar novamente as amostras já havia ocorrido nos Jogos de Atenas-2004, quando cinco atletas foram flagrados, incluindo o ucraniano Yuri Bilonoh, campeão olímpico no arremesso do peso. Quatro anos depois, o COI promoveu novo teste meses depois do fim dos Jogos de Pequim para detectar a Cera (Ativador Contínuo do Receptor de Eritropoietina, na sigla em inglês), uma nova droga. Com isso, flagrou mais cinco competidores, incluindo o barenita Rashid Ramzi, campeão dos 1.500 m.