O Colônia, da Alemanha, está tentando contornar uma crise com a China surgida após declarações dadas pelo membro do conselho e ex-presidente do clube, Stefan Müller-Römer, de que a equipe desistiu de abrir uma escolinha de futebol em solo chinês por conta da ditadura dentro do país asiático.
“Ganhar dinheiro a qualquer custo não é uma opção para mim. Como organização sem fins lucrativos, socialmente ativa, não podemos apoiar uma ditadura tão brutal e totalitária”, afirmou Römer ao diário local Kölner Stadt-Anzeiger.
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As declarações causaram efeito imediato na China, que pagaria US$ 2 milhões ao clube para montar a escolinha e é um país com quem o Colônia tem relações desde 2016, quando foi assinado um termo de cooperação com o Liaoning FC, o primeiro de um time alemão no país. Por conta disso, o atual presidente do clube que joga a Bundesliga, Werner Wolf, saiu em defesa da relação com o país asiático.
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“Decidimos não continuar o projeto com a academia de futebol de Shenyang devido à atual situação esportiva. Isso é em relação aos recursos e às nossas prioridades. Outras formas de possível cooperação, como o patrocínio de empresas chinesas, não foram descartadas. A resposta de Stefan Müller-Römer foi sua opinião pessoal e não representa a posição oficial do Colônia, que defende seu valor democrático e o diálogo internacional”, disse Wolf, em nota oficial do clube.
O Colônia atravessa uma crise dentro e fora de campo. O clube, que luta contra o rebaixamento nos gramados na atual temporada, trocou de presidente em setembro após a renúncia do antecessor.