Modalidade que até agora mais medalhas deu ao Brasil ao lado do judô, a ginástica se transformou em prioridade da TV aberta na programação olímpica.
Na última quarta-feira, a Globo decidiu mostrar ao vivo a exibição de gala da ginástica artística, que não tem qualquer validade como competição, mas é uma espécie de fechamento do programa olímpico da modalidade.
Hoje, novamente, a ginástica deve estar no horário de início da tarde na programação da principal emissora do país. Uma reprise com os melhores momentos das competições será exibida entre 14h e 15h, com entrada ao vivo de outras competições que tenham a participação de atletas brasileiros.
A decisão de dar mais espaço para a ginástica decorre dos ótimos índices de audiência durante a transmissão dos eventos. Em alguns momentos, a Globo chegou a ter 35 pontos na medição do Ibope em São Paulo com a disputa da modalidade.
A ginasta brasileira Flavia Saraiva
O sucesso da ginástica não é apenas na TV aberta. Com 16 canais de cobertura completa dos Jogos, o Sportv tem na ginástica o segundo esporte de maior audiência, com uma média de 0,88 ponto. A modalidade de Diego Hypólito, Arthur Zanetti e cia. perde apenas para o futebol no Ibope. Até o vôlei, teoricamente o segundo esporte do país, é ultrapassado pela ginástica.
O esporte também marca uma mudança na história da TV brasileira. A apresentadora Glenda Koslowski é quem está narrando as apresentações dos atletas. Ela é a primeira mulher com a fun- ção de narração na emissora.
O protagonismo que a modalidade assume na TV lembra o fenômeno do curling e da patinação no gelo, em 2010, nos Jogos Olímpicos de Inverno transmitidos pela Record. A emissora passou a exibir, mesmo em reprise, as disputas das duas modalidades, obtendo quase sempre um bom aumento de audiência.
Como as disputas em que o Brasil está entre os favoritos ao pódio estão rareando, a aposta da TV aberta centrou-se na ginástica. Nem que seja reprise.