A Under Armour estreou sua operação no Brasil, na tarde desta quarta-feira (12), em um evento em São Paulo com as presenças de Kevin Plank, americano que fundou a fabricante de materiais esportivos, e George Saint-Pierre e Chris McCormack, lutador e triatleta patrocinados pela marca. Para a companhia, a entrada no mercado brasileiro representa mais um passo de uma expansão global em andamento.
A companhia, sediada em Baltmore, nos Estados Unidos, não tem do que reclamar. Em janeiro deste ano, o balanço financeiro do quarto trimestre fiscal mostrou um crescimento de 35% nas receitas, para US$ 683 milhões, enquanto o faturamento de 2013 inteiro aumentou 27%, para US$ 2,3 bilhões. Foram resultados suficientemente concretos para elevar o preço da ação da empresa ao seu maior valor na história.
O problema é que cerca de 90% da receita da Under Armour são gerados nos Estados Unidos. Para bater a meta estipulada por Plank de faturar US$ 4 bilhões em 2016, a marca precisa crescer fora do país de origem. Os Brics – acrônimo para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – são as prioridades. “Nós não podemos nos dar ao luxo de investir tudo em um só lugar, então estamos investindo em vários. Estamos chegando na Ásia, na Europa, e o Brasil é um mercado único”, disse Plank à Máquina do Esporte durante o evento desta quarta.
A operação brasileira é comandada por Marcelo Ferreira, executivo que passou mais de nove anos na concorrente Adidas, do fim de 2001 até meados de 2011. Ele foi contratado em abril de 2013 por Plank para colocar de pé o escritório que foi aberto em São Paulo. A meta de Ferreira no Brasil é bastante objetiva: tornar a Under Armour uma das três principais marcas do mercado esportivo, junto com Nike e Adidas.