Em ano de Copa do Mundo no Brasil, Pelé, 73 anos, garoto-propaganda de várias marcas há décadas, conseguiu aumentar ainda mais os ganhos com publicidade e eventos. A agência que ele criou em 2012 para gerenciar a própria marca, Sport 10, estima que contratos publicitários vão gerar R$ 58 milhões (US$ 25 milhões) apenas em 2014. Até o fim da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, este número pode subir para R$ 233 milhões (US$ 100 milhões).
O cálculo, passado para a Bloomberg, foi feito por Paul Kemsley, CEO da Legends 10. É a agência com sede em Nova York – formada por ele e Terry Byrne, ex-gerente da imagem de David Beckham – que negocia contratos para a Sport 10. “Não era segredo que a Copa do Mundo e a Olimpíada seriam no Brasil. E o Pelé é o Brasil”, justificou Kemsley.
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Pelé é o sócio majoritário da Sport 10, empresa fundada em 2012 com o objetivo de consolidar os direitos da marca dele. Somente nos últimos 18 meses o ex-jogador assinou contratos com Procter & Gamble, Volkswagen, Emirates e Subway, fora o acordo com a Coca-Cola para aparecer em alguns lugares específicos levando a taça da Copa do Mundo.
O ídolo também é o novo rosto da fabricante de relógios Hublot. A marca inaugurou a primeira loja no Brasil, no Rio de Janeiro, no mês passado. Pelé usava um modelo avaliado em R$ 45 mil. “Graças a Deus, muitas gerações ainda me acompanham”, disse ele na ocasião. O CEO da Hublot, Ricardo Guadalupe, revelou que a marca pagou cerca de US$ 500 mil para poder produzir um modelo exclusivo, com edição limitada, que tem a imagem de Pelé dando uma bicicleta na parte de trás do relógio.
Mesmo com toda a fama gerada na época de Santos e seleção brasileira, empresários consideram que o ex-jogador não faturou tanto quanto poderia. “Pelé ganhou dinheiro durante toda a vida, mas não como agora. Quando ele jogava futebol, os salários não eram como os de hoje em dia”, disse Guadalupe. “Pelé deveria ser muito mais rico”, concordou Kemsley. Está aí a Copa para compensar.