A Confederação Brasileira de Tênis anunciou em agosto a renovação com os Correios para o patrocínio à entidade. Para a temporada 2011/2012, a CBT receberá R$ 5,79 milhões da empresa. A verba entra na conta de faturamento, que cresceu 241% desde 2007. O número é creditado à reformulação que teve início há seis anos.
Em 2005, o atual presidente da CBT, Jorge Lacerda, assumiu o posto e encontrou as contas no vermelho. “Foi o início da recuperação. Tínhamos dívidas e torneios espalhados com pouca arrecadação. Somente em 2007 começamos a ter outra realidade, com uma maior credibilidade no mercado”, afirmou.
Para Lacerda, o ano foi o momento em que, com a entidade organizada, os patrocínios passaram a ter ser mais vantajosos para as empresas. Com resultados, os correios chegaram em 2008 e renovaram agora para a metade de 2012. A novidade para a próxima temporada é a criação do Circuito Nacional Correios de Tênis Infanto-Juvenil, que passará por todas as regiões do país.
Uma das estratégias adotadas foi a de diminuir o número de competições organizadas pela CBT e valorizar aquelas que ficaram. Para a entidade, excesso de torneios espalhados pelo país fazia com que os melhores tenistas não se encontrassem. Com a diminuição das competições, houve um incremento comercial e esportivo.
Com isso, a CBT tem conseguido ficar independente da Lei de Incentivo ao Esporte. “Com a lei você consegue o básico de um evento, como o Circuito Nacional Infanto-Juvenil. Mas as empresas não ficam apenas nisso, já ampliam os patrocínios para além da lei”, afirma Lacerda.
Para o presidente da CBT, essa situação é vivida porque hoje a entidade tem credibilidade com o mercado, o que resulta em acordos com empresas como a Mafre e a Peugeot. Com a renovação de contrato com os Correios, esse cenário de solidez da confederação se evidencia ainda mais.
O plano da CBT, no entanto, ainda não está fechado. A ideia de planejamento da entidade é para 2020, com maior valorização dos patrocínios e dos torneios. O cenário é especialmente otimista considerando os grandes eventos esportivos que o Brasil receberá nos próximos anos. “Nosso trabalho começou a dar frutos antes do boom do mercado no país, mas agora as parcerias internacionais têm sido mais fáceis”, comemora Lacerda.