A queda de rendimento da seleção espanhola tem causado prejuízo aos cofres da Real Federação Espanhola de Futebol. A entidade irá arrecadar com patrocinadores neste ano € 24 milhões, ou mais de 31% de queda em relação ao ano passado.
O faturamento com direitos de TV e amistosos internacionais também caíram desde o fiasco na Copa do Mundo do Brasil, em 2014. Na ocasião, a Espanha, que defendia o título da Copa de 2010 e ostentava um bicampeonato europeu, não passou da primeira fase.
Em 2013, quando perdeu para o Brasil a final da Copa das Confederações, a Espanha havia arrecadado € 35 milhões com seus patrocinadores, além de € 32 milhões por jogos da seleção e € 11,7 milhões de direitos de transmissão. De lá para cá, a federação viu a fuga de vários deles: Banesto (€ 3,5 milhões por ano); Gillette, Cepsa e Nissan (€ 1,5 milhão) e Bimbo, LG e Pedro del Hierro (entre € 500 mil e € 1 milhão).
A Adidas permanece como o principal mecenas da equipe dirigida por Vicente del Bosque. A multinacional alemã colabora com € 10 milhões por ano. O valor chegou a dobrar no ano em que a Espanha se tornou campeã do mundo pela primeira vez. Cruzcampo, Iberdrola e Movistar colaboram com € 3,5 milhões por temporada e integram a cota máster da federação atualmente.
Além delas, a Espanha também conta com apoios de Pelayo (patrocinador oficial), Cabreiroá, ONCE, Sanitas, ASM e Continental (colaboradores oficiais) e Iberia (transporte aéreo oficial). Por conta da crise técnica da equipe, a RFEF já não conta com nenhuma instituição financeira entre seus patrocinadores.
Quando se tornou campeã do mundo, a RFEF chegou a cobrar entre € 2 milhões e € 3 milhões por amistoso. A seleção chegou a figurar na liderança do ranking da Fifa por quatro anos seguidos. Após a saída do top 10 dessa classificação, a federação espanhola foi obrigada a reajustar o preço para a metade disso.