A elite do basquete brasileiro, representada no Novo Basquete Brasil (NBB), perdeu na última semana um de seus integrantes. O Assis Basket anunciou que teve de encerrar atividades por ter perdido o suporte financeiro do poder público local. Nas próximas semanas, o torneio pode perder mais um membro, dessa vez o Araraquara.
A equipe, cuja colocação final na temporada 2010/2011 foi a 11º, é patrocinada por pool de empresas com atuação na região de Araraquara, no interior de São Paulo. Os contratos terminaram no fim do campeonato nacional, e há incertezas a respeito da permanência desses parceiros. A saída desse grupo findaria o basquete local.
Um dos fatores que deixou a equipe de Araraquara em situação financeira delicada foi o desabamento do teto do ginásio Gigantão. Impossibilitado de jogar o terceiro NBB no local, o time teve de migrar para o ginásio Décimo Chiozzini, em Matão, a 36 quilômetros de dist”ncia. Essa mudança gerou despesas não previstas inicialmente.
“Ir jogar em Matão gera custo muito alto, então precisamos resolver essa questão, bem como renovar os patrocínios dos atuais parceiros”, disse José Roberto Fernandes, vice-presidente do Araraquara, à Máquina do Esporte. Os argumentos a serem usados para convencer as empresas, no entanto, ainda não estão convincentes.
A associação pretende se apoiar no desempenho no Campeonato Paulista, no qual terminou em 3º lugar, para mostrar que possui bons resultados em quadra. A venda dos naming rights também é incerta. Nesta temporada, a Lupo, maior patrocinadora da equipe, disse não fazer questão de ocupar a propriedade, que ficou vaga.
Uma das possíveis saídas para salvar o basquete de Araraquara engloba também o futebol da cidade. “Nós decidimos usar até as cores do Ferroviária, time de futebol da cidade, para nos aproximar deles”, contou Fernandes. Parceria com o clube de futebol, inclusive na área financeira, será analisada por ambas as partes em breve.