Patrocínios que não envolvam a marca da empresa na camisa do time ainda são raros no futebol brasileiro. Por isso, o São Paulo decidiu fazer uma ação para reforçar o relacionamento com a Copa Airlines. Nesta semana, o clube levará convidados até o Panamá para mostrar três novas aeronaves personalizadas com escudos do time brasileiro. Trata-se de uma ativação prevista no contrato firmado em abril com a Copa.
“As pessoas me cobram muito por patrocínios na camisa, mas, em valor, nós conseguimos obter mais com Copa Airlines e Gatorade do que muitos clubes conseguiram com a venda de propriedades no uniforme”, disse na última semana o VP de marketing tricolor, Douglas Schwartzmann.
Outro aporte fechado pelo clube que não envolve exposição no uniforme foi com a Gatorade, em acordo que também foi assinado no primeiro semestre deste ano.
Em ambos os casos, a oferta do clube se baseou em ativações e usos da marca, além de canais de comunicação do São Paulo, especialmente as redes sociais.
A companhia aérea já tem tido resultados com a estratégia. Em um post compartilhado no Facebook, por exemplo, a empresa teve 10 mil curtidas/compartilhamentos. A média é de 250.
O movimento feito pelo São Paulo no início do ano também motivou o rival Corinthians. Na última sexta-feira o clube apresentou um serviço licenciado com a marca do clube. No domingo, o time promoveu a recém-fechada parceria com o Napster, e a diretoria comemorou uma fonte de renda oriunda de uma parceria que não envolve a camisa.
O torcedor poderá baixar o aplicativo Napster-Corinthians e fazer uma assinatura para ouvir músicas ao custo de R$ 14,90 mensais.
“Pelo potencial do streaming no Brasil, a parceria deve render o equivalente a um patrocínio na camisa. Não um patrocínio máster, claro, mas uma quantia significativa”, disse Gustavo Herbetta, gerente de marketing corintiano.