Santos e Palmeiras fecharam, nesta semana, acordos para o fornecimento de uniforme do clube. Os negócios, porém, são muito diferentes. Enquanto o Palmeiras renovou com a Adidas nos moldes tradicionais do mercado, com o pagamento de um fixo garantido ao clube e um percentual sobre as vendas, o Santos fez um negócio inédito com a Kappa.
O clube do litoral paulista será o dono do negócio de material esportivo. Não terá uma quantia fixa a ser recebida da empresa, mas ficará com todo o resultado de vendas. Na prática, o Santos que negocia a fabricação do uniforme e, também, vende a camisa à loja.
Para isso, o clube fechou acordo com a SPR Confecções, empresa que será responsável pela gestão do negócio em parceria com o Santos. A SPR, que detém a licença da Kappa no Brasil, também é quem gerencia a rede de lojas oficiais de clubes como Corinthians, São Paulo, Inter, Vasco, Vitória e Cruzeiro, entre outras equipes.
O modelo de negócio do contrato, inédito no país, representa um risco maior para o Santos, já que o clube vai receber dinheiro conforme as vendas da camisa. Se prosperar, porém, o negócio vai gerar mais receita do que o atual contrato existente com a Nike. A Kappa investirá R$ 1,5 milhão para ajudar a promover as vendas.
O vínculo do Palmeiras com a Adidas, que vigora desde 2006, irá até o final do ano que vem, quando marca e clube celebrarão dez anos de parceria. O contrato é avaliado em preço de mercado em R$ 15 milhões ao ano. Em dinheiro, o clube recebe cerca de metade desse valor. A oficialização do vínculo deverá ser feita nos próximos dias, por meio de uma nota oficial. Não há previsão de lançamento de novo uniforme.
Já Santos e Kappa, que assinaram contrato na manhã de quinta-feira, farão evento para apresentar o uniforme. A previsão é de que a camisa seja apresentada no fim de janeiro, próximo à estreia do Campeonato Paulista de 2016.