Alguns torcedores santistas se assustaram no último domingo. Quando o time entrou em campo para enfrentar o Palmeiras, pela final do Paulistão Itaipava 2015, os jogadores exibiram uma camisa repleta de patrocínios, como poucas vezes se viu em um grande clube brasileiro. Para a direção do clube, não teve jeito: o fator financeiro pesou mais forte.
Segundo o diretor de marketing do Santos, Paulo César Verardi, a opção de lotar o uniforme foi válida por se tratar de pontuais, ainda que o dirigente defenda patrocínios que não estejam restritos à exposição. “No pontual, nós vamos nos adequar ao mercado”, resumiu o executivo, que preferiu não abrir à Máquina do Esporte os valores arrecadados no último fim de semana.
Em campo, a camisa do time esteve bastante poluída. Foram oito marcas que dividiram espaço com o escudo santista. Rafarillo Calçados, Unicef, Corr Plastik, 99 Táxi, Dolly Guaraná, Museu Pelé, Nike e Joli se espalhavam pela vestimenta de jogo, formando um conjunto de patrocínios fixos, patrocínios pontuais e divulgações do próprio clube.
Para quem espera um uniforme mais limpo no próximo domingo, a notícia não é boa. Todos os acordos pontuais foram fechados para as duas partidas da final. As marcas, claro, aproveitam a exposição de uma das partidas mais aguardadas dos primeiros meses do futebol brasileiro, com transmissão em televisão aberta e ampla repercussão ao longo dos dias que sucedem o evento principal.
O plano futuro, por outro lado, é de redução nas marcas. O Santos está sem um aporte máster há dois anos e espera fechar negócios por meio de outra estratégia no mercado. “É claro que o que vai se sobrepor é a questão econômica, mas a política do clube é por poucos patrocinadores na camisa”, finalizou Verardi.