O comitê organizador dos Jogos Olímpicos de 2012, a serem realizados em Londres, está sofrendo pressão por parte de países menos desenvolvidos para que as promessas de doações sejam cumpridas o quanto antes. Durante a campanha para sediar o evento, a nação se comprometeu a distribuir R$ 56 mil para cada um dos 205 comitês olímpicos nacionais e dos 168 paraolímpicos.
Os recursos seriam utilizados para que esses países pudessem desenvolver e estimular o esporte entre a população, com o intuito de formar atletas para a disputa das competições. Em contrapartida, na prática, a campanha de Londres ganhou força e, consequentemente, votos para que fosse eleita. As doações superam R$ 24 milhões em custos para os ingleses.
Durante esta semana, os organizadores dos Jogos Olímpicos receberam diversas ligações de comitês de todo o mundo. Em encontro na Ásia, muitos representantes se queixaram da demora para que o dinheiro fosse depositado. Caso o intuito seja a preparação de atletas, argumentam países mais pobres, a verba teria de ser depositada imediatamente, ou perderia o próprio significado.
Comprometer-se a doar dinheiro para países pouco desenvolvidos em troca de apoio na fase de eleições, tanto em Jogos Olímpicos quanto em Copa do Mundo, tornou-se uma prática comum. Na semana passada, o mesmo governo inglês prometeu R$ 192 milhões para regiões mais pobres em nome do desenvolvimento do futebol e de ações sociais, em troca do maior evento de futebol em 2018.
Recentemente, a Coreia do Sul também anunciou que estaria disposta a distribuir R$ 1,2 bilhão a nações menos estruturadas, com o intuito de ajudar no desenvolvimento do futebol e das condições de vida de populações. Em contrapartida, novamente, busca reciprocidade para sediar a Copa do Mundo de 2022. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.