Como se comportou o telespectador na Copa do Mundo de 2014

Tal qual o público em cada estádio da Copa do Mundo, Globo e Bandeirantes registraram mais audiência do que estão habituadas com o futebol nacional. Mas o comportamento do telespectador foi basicamente o mesmo: o Ibope sobe conforme a competição afunila, cai quando o time da maioria é eliminado.

Foi assim em São Paulo e no Rio de Janeiro. Na fase de grupos, a média paulista foi de 24 pontos com 49% de todas as TVs ligadas, e a carioca, de 27 pontos com 53%. Esses números cresceram gradativamente a cada rodada. Na semifinal, São Paulo marcou 43 pontos com 66% de share, e Rio, 40 pontos com 69%.

Aí veio a trágica derrota da seleção brasileira para a alemã, e a final entre Alemanha e Argentina estancou e marcou números quase iguais aos das semifinais.

Contando apenas partidas do Brasil, a audiência se manteve alta desde o princípio. Contra a Croácia foram 47 pontos com 80% em São Paulo e 48 com 86% no Rio. Nas quartas de final, diante da Colômbia, 45 pontos com 84% e 45 pontos com 83%. Variou relativamente pouco.

A surpresa veio na semifinal junto com o placar. Talvez por muitos terem trocado de canal ou voltado para casa após a enxurrada de gols alemã, a quantidade de pontos nas duas capitais continuou igual, mas o share despencou para 69% e 78%. Contra a Holanda, num jogo que pouco valia, a seleção brasileira teve as piores audiências de toda a competição.

Cada ponto no Ibope equivale a 65.201 domicílios sintonizados em São Paulo e 39.600 no Rio de Janeiro, ambos apenas nas regiões metropolitanas, referências para o mercado publicitário.