O início tardio do Santos no Campeonato Brasileiro tem ajudado determinados rivais. Após “emprestar” Neymar, Paulo Henrique Ganso e Elano para a seleção brasileira durante a Copa América, esses atletas voltaram à equipe paulista e ainda não conseguiram bons resultados, mas contribuíram para as finanças do Atlético-PR.
Ao vencer a equipe santista por 3 a 2 no último domingo (31), mesmo em condições adversas, como forte chuva e péssima colocação no campeonato, o Atlético-PR conseguiu o maior lucro da temporada (R$ 156 mil). Desde janeiro, quando disputou o Campeonato Paranaense, a agremiação tem sofrido para não acumular prejuízos.
Em 17 jogos realizados na Arena da Baixada, a equipe não deixou o gramado com déficit em apenas cinco oportunidades: no clássico contra o Coritiba, quando perdeu por 3 a 0 (R$ 57,2 mil); na derrota por 1 a 0 para o Grêmio (R$ 42,4 mil); no empate por 1 a 1 com o Flamengo (R$ 132 mil); e na vitória por 2 a 1 sobre o Botafogo (R$ 878).
Mesmo com o recorde em renda líquida obtido diante do Santos de Neymar e Ganso, sucessivos resultados negativos nas finanças fazem com que o Atlético-PR acumule déficit de R$ 226 mil nas bilheterias, o pior desempenho do país – atrás até de América-MG, cujo público é o mais baixo do país, em função do fechamento do Mineirão.
O público presente na Arena da Baixada na vitória sobre o time santista, na verdade, foi o terceiro mais alto da rodada, com 18,8 mil pagantes, atrás apenas de Flamengo (28,7 mil) e São Paulo (23,3 mil), bem como em muitos outros jogos realizados no estádio atleticano. Os sócio-torcedores, no entanto, fazem com que a renda suma.
Desde o início do ano, o Atlético-PR já deixou de arrecadar R$ 645 mil em função da gratuidade dos ingressos para associados. Esse detalhe faz com que apenas partidas muito atrativas gerem algum lucro, enquanto, por exemplo, nove entre dez jogos do Paranaense tenham resultado em prejuízo nas bilheterias.