Levantamento prévio feito pela consultoria EY aponta que o futebol deve ter alcançado, em 2016, faturamento próximo a R$ 6 bilhões, indício de que a indústria mantém o ritmo de crescimento, alheio a qualquer crise econômica que o país esteja vivendo.
E por que isso acontece?
Um bom indício é ver o que acontece em Curitiba. Atlético e Coritiba duelam entre si para oferecer os melhores serviços possíveis ao torcedor. E essa concorrência estimula a melhoria no segmento como um todo, além de gerar, obviamente, mais receita aos dois clubes (leia mais na página 4).
Não há muito segredo. Quando há o estímulo de toda a cadeia produtiva em tornar-se mais eficiente para que o consumidor seja bem recebido, há um reflexo direto na geração de receitas.
O maior salto que o futebol brasileiro teve nos últimos quatro anos está ligado à criação desse conceito de estímulo à melhoria na prestação de serviço ao torcedor que, por sua vez, gera um aumento na receita dos clubes.
O salto do programa de sócio-torcedor, estimulado pela “provocação” feita por meio do Movimento por um Futebol Melhor da rivalidade entre os clubes pelo índice do torcedômetro.
A preocupação com o incremento da ida de público aos jogos, criada pela comparação via imprensa de quanto cada clube leva de torcedor aos jogos.
A necessidade de melhorar os estádios, estimulada pela construção das novas arenas (Curitiba, Porto Alegre e São Paulo são os melhores exemplos).
Esses três fatores contribuíram, e muito, para que o futebol tivesse um salto na arrecadação nos últimos anos.
Agora, a disputa no digital deve ser o próximo fator de movimentação do mercado. O esporte é quem agradece.