A Conmebol, na gestão de Eugenio Figueredo, desviava recursos que deveriam ser destinados aos clubes. A informação foi divulgada no jornal ABC Color, do Paraguai, que teve acesso a documentos da auditoria que a atual gestão da entidade realiza.
O material recolhido é de março de 2013, um email enviado por Eladio Rodríguez, executivo de torneios da Conmebol, diretamente ao então presidente da entidade, Figueredo. Segundo a publicação paraguaia, o problema estava em uma transação de US$ 7 milhões, realizada pela T&T, braço da Fox.
Desse valor, os times recebiam apenas US$ 5 milhões. Rodríguez fala que a Conmebol faz o processo há vários anos. “Está demonstrado que o procedimento atual é o melhor, mais simples e menos com menos movimentação”, afirma na mensagem do email.
E, sobre toda a transação, o dirigente termina: “Desculpa, não posso ser mais explícito por essa via. Mas você entenderá e irá entender do que eu estou falando”.
Na atual administração da Conmebol, a auditoria tem tentado identificar parte dos desvios realizados nas últimas décadas. Em abril, foi revelado que cerca de US$ 130 milhões saíram da entidade em casos de corrupção, com a gestão de Eugenio Figueredo e Nicolás Leoz, que sozinho teria recebido US$ 26,9 milhões.
A revelação foi feita em uma reunião extraordinária da entidade, em Santiago, no Chile. O evento contou com a presença do atual presidente da Fifa, Gianni Infantino. Figeredo e Leoz estão à espera do julgamento por corrupção, nos Estados Unidos.
Hoje, a gestão da Conmebol é comandada pelo paraguaio Alejandro Domínguez, no comando da Confederação desde 2016. O principal objetivo do dirigente tem sido limpar a imagem da organização.