A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) rescindiu com a Datisa o contrato de patrocínio e direitos de transmissão da Copa América do Centenário, marcada para os Estados Unidos, em 2016, no marco de cem anos do torneio.
A Datisa é uma joint-venture formada pela união de Traffic, Full Play e Torneos. As empresas estão sob investigação da Justiça dos EUA e foram denunciadas por pagar propina a dirigentes do futebol em troca de contratos de TV. Segundo investigações do FBI, as comissões chegaram a US$ 150 milhões.
Procurada pela Máquina do Esporte, a Traffic não confirma o rompimento do contrato com a Conmebol. Segundo a agência de marketing esportivo, o acordo ainda está “em negociação entre as partes [Datisa e Conmebol] ” e essas conversas ainda “não foram encerradas”.
A entidade que comanda o futebol sul-americano, porém, já procura novo parceiro para “comercializar e vender os direitos comerciais do torneio utilizando um processo novo e transparente. Segundo a entidade, a Conmebol “irá assumir os referidos direitos comerciais em conjunto com a Concacaf [Confederação da América do Norte, Central e do Caribe] e a Federação Norte-Americano de Futebol”.
“Decidimos por unanimidade que ficaríamos muito felizes que a Copa América seja nos Estados Unidos. Estamos convencidos de que o plano A tem muita força”, afirmou Juan Ángel Napout, presidente da Conmebol.
A Copa América do Centenário irá reunir dez seleções sul-americanas e seis da América do Norte, Central e do Caribe. A federação norte-americana ainda não confirmou se o país irá manter o evento.
A perda da Copa América do Centenário é mais um duro revés para a Traffic, que em julho teve rescindido o contrato que mantinha com a Concacaf. Pelo antigo acordo, a agência tinha direito sobre todos os torneios da entidade até 2022, incluindo a Copa Ouro (2015, 2017, 2019 e 2021), sete temporadas da Liga dos Campeões, principal torneio de clubes da região, além de torneios de base, eliminatórias olímpicas e competições de futsal.