O Corinthians não terá seu presidente eleito destituído do poder. Na noite de segunda-feira (20), o Conselho Deliberativo do clube resolveu nem colocar em votação o impeachment do mandatário da equipe; a entidade entendeu que não havia mérito para a abertura do processo de afastamento.
Dessa maneira, Roberto de Andrade ganha maior tranquilidade para manter seu mandato até o fim. As próximas eleições do clube acontecerão no início de 2018.
O pedido de abertura do processo de impeachment aconteceu em novembro de 2016, graças à revelação de que duas atas de reunião sobre a arena do time haviam sido assinadas por Andrade, como presidente do clube, antes de o dirigente ter assumido o posto.
Em meio à disputa por uma questão burocrática, aumentaram alguns fatores de insatisfação dentro do clube com o atual presidente. Desde a má fase vivida pela equipe de futebol até a recusa de Andrade pela ajuda de antigos diretores, entre eles o ex-diretor de marketing Luís Paulo Rosenberg, foram colocadas em evidência nos bastidores do Parque São Jorge.
A defesa de Andrade, aceita pelo Conselho Deliberativo, é que apesar das assinaturas das atas serem de fevereiro, elas só foram feitas em abril. Tratava-se de um erro administrativo, sem dolo ao clube. Na própria segunda-feira, a Justiça de São Paulo já havia suspendido o inquérito por falsidade ideológica de Roberto de Andrade.
Agora, Andrade terá como missão unir o clube nos bastidores. Andrés Sanchez, da mesma chapa do atual presidente, chegou a se distanciar do dirigente, mas se mostrou publicamente contra o impeachment e se colocou à disposição para ajudar o mandatário.