Pelé precisou de dois dias para assinar cada um dos 1283 exemplares daquele que considera ser o seu livro definitivo. Nesta quarta-feira, o ex-jogador esteve no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, para o lançamento de “1283”. A obra faz referência a cada um dos gols que o Rei do futebol anotou em toda a carreira e será lançado em parceria com a editora Toriba.
O acordo com o ex-jogador é a grande aposta da Toriba para o segmento de futebol às vésperas da Copa do Mundo. Tanto que a obra, que custa R$ 3,6 mil, terá parte das edições vendidas na Inglaterra, nos Estados Unidos e em Dubai.
A considerar o evento de lançamento de “1283”, o livro será carregado de emoções. A entrevista coletiva para a apresentação da obra contou com atraso, choro e rápida despedida do Rei do Futebol. Pelé chegou ao local do evento com quase uma hora de atraso. Falou pouco, lembrou do seu pai, chorou e rapidamente foi embora, sem dar entrevista para a imprensa.
No pouco tempo em que esteve presente, ele trouxe algumas histórias da carreira. Na mais interessante delas, Pelé revelou que durante o período de concentração para a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, o empresário dos Beatles telefonou e pediu para falar com ele. Na época, a banda tinha apenas seis anos, era fã da seleção brasileira, e se ofereceu para fazer um show particular na concentração. Os responsáveis pela delegação brasileira, no entanto, recusaram.
O momento de emoção do dia foi quando Pelé assistiu a um vídeo com um resumo de sua trajetória nos gramados e, quando começou a falar do pai, Dondinho, chorou. Logo após o momento de emoção, o Rei brincou dizendo que seu pai lhe dissera que o único recorde que Pelé não conseguiria bater era o dele, que fez cinco gols de cabeça em um só jogo, quando atuava pelo time de Três Corações, em Minas Gerais.
Pouco depois, Pelé deixou o palco montado para o evento e foi embora sem falar com a imprensa, frustrando boa parte da mídia especializada que estava presente.