A economia da África do Sul terá neste ano um incremento de R 38 bilhões (cerca de R$ 9,5 bi) por conta da Copa do Mundo. Essa foi a previsão apresentada na última sexta-feira, em Johanesburgo, pelo ministro das Finanças sul-africano, Pravin Gordhan.
De acordo com o ministério, o Mundial foi responsável pela geração de 130 mil empregos e, também, quebrou a meta de fluxo de turistas estrangeiros: deve bater a marca de 500 mil visitantes, ante os 300 mil inicialmente previstos.
Os números apresentados por Gordhan foram reforçados por outros, liberados pela indústria de automóveis. O mês de junho representou um aumento de 4,7% na venda de carros na África do Sul em relação ao mês anterior. A marca, que mostra a primeira alta no índice após muitos meses, e um acréscimo de mais de 20% em relação a junho de 2009, é creditada pelo incremento de receita na economia do país por conta da Copa.
“Não há dúvidas de que a febre da Copa do Mundo, que causou uma mudança no comportamento das empresas, ajudou para o aumento na venda de veículos”, afirmou ao jornal “Business Times” Brand Pretorius, diretor executivo da McCarthy Motors.
Apesar da euforia do governo e de setores da economia, ainda há na África do Sul um receio de como se comportarão as finanças do país ao término da Copa do Mundo. O maior temor é de que haja um aumento do desemprego, com o fim de empregos temporários no setor de serviços, que claramente sofrerá uma desaceleração ao término do mundial.