A contratação de Ronaldo pelo Corinthians, em dezembro de 2008, criou um irreversível processo de transformação do clube paulista no maior gerador de receitas do país. Isso é o que aponta o estudo “Evolução das Finanças dos Clubes Brasileiros”, realizado pelo especialista em marketing e gestão esportiva, Amir Somoggi.
O levantamento apurou receitas e dívidas das principais agremiações de futebol no período compreendido entre os anos de 2003 e 2012. Nele, fica claro que o “fator Ronaldo”, aliado a outras mudanças na gestão do Corinthians levaram o clube à liderança entre aqueles que mais faturam no país.
Até 2008, o São Paulo liderava o ranking de receitas. No ano seguinte, o Corinthians alcançou o topo, onde permanece até hoje. A lista dos dez primeiros, após os dados de 2011, é composta por Corinthians (R$ 290 milhões), São Paulo (R$ 226 milhões), Internacional (R$ 198 milhões), Santos (R$ 189 milhões), Flamengo (R$ 185 milhões), Palmeiras (R$ 148 milhões), Grêmio (R$ 143 milhões), Vasco da Gama (R$ 137 milhões), Cruzeiro (R$ 129 milhões) e Atlético-MG (R$ 100 milhões).
Atualmente, este grupo de times representa 65% do mercado brasileiro em receitas, enquanto, em 2003, os dez maiores eram responsáveis por 58%. A previsão é de que, após 2012, o número chegue a 66% do total.
O movimento corintiano é similar ao que aconteceu na Europa com o Real Madrid. Depois de alguns anos de domínio do Manchester United como clube mais rico do continente, o clube espanhol atingiu o topo de arrecadação ao apostar no time dos “Galáticos”, com Zidane, Ronaldo, Raúl e David Beckham. A contratação do jogador inglês, aliás, foi o que impulsionou de vez o clube espanhol ao topo.
No caso do Corinthians, as receitas obtidas com patrocínio ao contratar Ronaldo e, recentemente, com o novo acordo de televisão, em negociação individual, foram os principais responsáveis por alçar o clube ao topo da lista de maior arrecadação do país. Em 2012, com as conquistas da então Copa Santander Libertadores e do Mundial de Clubes, a expectativa é a de que pela primeira vez um clube brasileiro ultrapasse a barreira dos R$ 300 milhões arrecadados no ano.
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