O Corinthians divulgou nesta quinta-feira o balanço patrimonial para o ano de 2011, e, como esperado, o novo contrato de televisão pesou no aumento das receitas. Os R$ 54,9 milhões arrecadados por meio da venda dos direitos de transmissão em 2010 saltaram para R$ 112,4 milhões na temporada passada, pouco mais do que o dobro, e fizeram o clube subir as receitas para R$ 290,5 milhões.
Esse aumento fez diminuir a dependência da equipe alvinegra à comercialização de atletas. Em comparação a 2010, novamente, as receitas quando descontadas a entrada de verba em função dessas vendas pularam de R$ 177,7 milhões para R$ 230,8 milhões. Em 2007, quando Andrés Sanchez assumiu a presidência do time, esse número era de R$ 62,3 milhões, em meio ao rebaixamento à Série B.
O crescimento da cota de televisão também ajudou a mascarar de certo modo ligeiras quedas em outras fontes de receita. Com patrocínios e publicidade, o Corinthians ganhou R$ 44,4 milhões em 2011, ante R$ 47,3 milhões de 2010. A arrecadação com bilheterias em jogos também caiu, de R$ 27,2 milhões para R$ 29,4 milhões, e o setor social e amador desceu de R$ 39 milhões para R$ 32 milhões.
As contas apresentadas representam o balanço de toda a trajetória de Sanchez à frente do clube paulista, que começou em 2007 com a queda do Corinthians para a segunda divisão e terminou em 2011 com o título do Campeonato Brasileiro. Por quatro anos seguidos, o mandatário conseguiu fazer com que a equipe tivesse operação superavitária, algo pouco usual entre outros times de futebol da elite nacional.
“Há mais de quatro anos, quando assumimos, encontramos uma situação financeira caótica. Para resgatar a confiança, principalmente a do torcedor, instituímos um modelo de gestão profissional, responsável e transparente. Devo dizer que saio da presidência certo de ter cumprido meu dever, numa trajetória de muitas realizações e muito gratificante”, escreveu o agora ex-presidente corintiano no relatório.