Resgatar a última vez que Corinthians e Palmeiras brigaram, de fato, por um título exige esforço de memória; a semifinal da Libertadores de 2000 é um bom parâmetro. Dividir a liderança do Brasileirão, como atualmente, só em 1998. Mas o resgate da rivalidade que ocorre no momento vai muito além das quatro linhas. Atualmente, os dois times dividem praticamente tudo.
Hoje, não há um índice de gestão que Corinthians e Palmeiras não duelem. Para além da tabela do Brasileirão, os times têm se invertido na primeira e na segunda colocação no número de sócios, na média de público, nos patrocínios e no faturamento.
Entre as duas diretorias, há um consenso: a rivalidade não influi no modo como é trabalhado o marketing dos clubes. “A rivalidade entre Palmeiras e Corinthians é a maior do Brasil e sempre motivou os clubes a tentarem superar um ao outro”, admitiu o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, à Máquina do Esporte. Mas o dirigente completou: “Mesmo se o adversário não estivesse vivendo um grande momento, nós estaríamos atuando da mesma forma”.
O gerente de marketing do Corinthians, Gustavo Herbetta, foi ainda mais enfático: “Nós trabalhamos aqui para a nossa torcida. Pensamos nas ações para os nossos sócios, para o nosso estádio. O que acontece no Palmeiras não influi”, afirmou.
Pode não ser pensado oficialmente, mas impressionam as trocas de posição. No último domingo, por exemplo, o Corinthians tomou a dianteira na média do Brasileirão: 32,4 mil contra 31,8 mil. Em 2015, ambos se revezaram na liderança do Movimento por um Futebol Melhor. Hoje, o líder é o time do Parque São Jorge: 128 mil contra 126,6 mil.
A maior diferença entre os dois está nos patrocínios de camisa. Graças a Crefisa, que fechou o uniforme do Palmeiras, o duelo está R$ 66 milhões contra R$ 44 milhões para a equipe do Allianz Parque. Com manga e costas abertas, o rival alvinegro almeja R$ 70 milhões ao ano.
Até na audiência da Globo neste Brasileirão, um terreno em que o Corinthians costuma ter mais domínio, há uma disputa corrente. No último domingo, o duelo entre Internacional e Palmeiras gerou 24 pontos no Ibope, o maior índice em um fim de semana sem ser um clássico. Sem considerar os duelos locais, o time do Parque São Jorge conseguiu 25 pontos contra o América-MG, mas em uma quarta-feira.
A melhor audiência do Campeonato Brasileiro até o momento? Palmeiras x Corinthians, com 29 pontos de média na Globo.
Os rankings nacionais dominados por Corinthians e Palmeiras:
Melhores média de público do Brasileirão:
1º – Corinthians: 32.396
2º – Palmeiras: 31.853
Maiores faturamentos em bilheteria no Brasileirão:
1º – Palmeiras: R$ 15.428.391,00
2º – Corinthians: R$ 14.513.189,00
Movimento por um Futebol Melhor:
1º – Corinthians: 128.080 sócios
2º – Palmeiras: 126.607 sócios
Camisas mais valiosas (sem considerar a marca de fornecimento):
1º – Palmeiras: R$ 66 milhões
2º – Corinthians: R$ 44 milhões
Maiores audiências do Brasileirão em São Paulo (sem considerar os clássicos):
1º – América-MG x Corinthians: 25 pontos na quarta-feira
2º – Internacional x Palmeiras: 24 pontos no domingo
Maior audiência do Brasileirão em São Paulo:
1º – Palmeiras x Corinthians: 29 pontos no domingo