A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no intuito de evitar que corintianos e são-paulinos, em São Paulo, e vascaínos e botafoguenses, no Rio de Janeiro, entrassem em confronto após jogos do Campeonato Brasileiro, alterou o horário de partidas da última quarta-feira (31) para 18h. O resultado? Bilheterias bem abaixo da média.
O Corinthians, cujas receitas bruta e líquida são as mais altas do país na edição de 2011 do Nacional, viu apenas 15,4 mil torcedores irem ao Pacaembu na vitória sobre o Grêmio. Esse público gerou renda de R$ 439 mil e lucro de R$ 194 mil.
A título de comparação, desconsiderando os números registrados na última quarta, o Corinthians possui médias de R$ 910 mil na receita bruta e R$ 607 mil na renda líquida. Desse modo, esses indicadores caíram 48% e 72%, respectivamente, em relação ao que o clube paulista está habituado no Nacional.
O Vasco, embora tenha números bem mais tímidos do que o atual líder do Brasileiro nas bilheterias, também viu as bilheterias despencarem com o horário pouco usual. Na vitória sobre o Ceará, a equipe carioca arrecadou R$ 85 mil e teve prejuízo, quando descontadas as despesas e taxas, de R$ 19 mil.
Novamente, quando ignorada a 20ª rodada do campeonato nacional, o clube cruzmaltino possui médias de R$ 267 mil na receita bruta e R$ 30 mil na líquida. O público, cuja média era de 12,8 mil pessoas por jogo até a 19ª rodada, também caiu para 5,4 mil pagantes na última quarta.
Os consolos para Corinthians e Vasco, atuais primeiro e segundo colocados do Brasileiro, foram as vitórias sobre Grêmio e Ceará, respectivamente. De qualquer modo, com jogos disputados às 18h em dias úteis, o desempenho técnico superior a todos os adversários parece não ser suficiente para gerar boa renda nos estádios.