Os Correios não irão retirar o patrocínio à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), pelo menos por ora. Nesta quinta-feira (13), a entidade soltou uma nota oficial para confirmar a manutenção do acordo. A empresa estatal chegou a anunciar a saída do patrocínio após uma série de denúncias de corrupção envolvendo a organização.
A decisão, no entanto, não será definitiva. O contrato entre Correios e CBDA é válido até 2019, mas a empresa colocou um novo prazo para repensar a decisão de se manter com a entidade. Até maio deste ano, a confederação deverá apresentar um “plano de gestão e transparência dos seus controles internos”.
Na próxima semana, uma entrevista coletiva deverá ser realizada para esclarecer a atual situação da entidade. Quem tem liderado as decisões da CBDA é Gustavo Licks, na condição de “administrador provisório” da confederação.
O dirigente tem tentado salvar o contrato com os Correios, um dos mais longos do esporte brasileiro. A companhia apoia a entidade há 25 anos, mas a parceria ficou a perigo depois que a Polícia Federal realizou uma operação que levou a antiga diretoria à prisão. Entre os detidos, estava Coaracy Nunes, ex-presidente da CBDA.
A operação da Polícia Federal aborda o suporto desvio de R$ 42,3 milhões de verbas públicas destinadas à CBDA durante os últimos cinco anos. As denúncias de fraudes surgiram de um grupo de atletas.
O contrato entre CBDA e Correios havia sido renovado no início deste ano, após a sondagem de que a empresa iria se retirar da entidade por problemas financeiros. Para manter a parceria, o valor anual do aporte caiu de R$ 16 milhões para R$ 5,7 milhões.