Após nove meses sem um patrocinador máster, o Cruzeiro finalmente apresentou um parceiro. O novo aporte, no entanto, não é tão novo assim. A empresa é questão é o Supermercados BH, que pertence a um conselheiro do clube.
Pedro Lourenço de Oliveira, sócio-diretor da rede de supermercados, já investiu até em contratação de novos reforços para o Cruzeiro neste ano. Em nota oficial, o presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares, chegou a chamar de “dever de cidadão mineiro” o investimento realizado pelo conselheiro cruzeirense.
O Supermercados BH, no entanto, não está sozinho nessa iniciativa. A grande maioria dos patrocinadores máster da Série A do futebol brasileiro tem dois tipos de padrinhos: governo ou torcedores fanáticos, como é o caso do Cruzeiro.
Somente a Caixa patrocina oito clubes da Série A do futebol brasileiro, entre eles, o Corinthians, que carrega o contrato de maior valor entre as equipes: R$ 30 milhões. Em tempo de acordo, a maior parceria é entre a dupla Grêmio e Internacional e o Banrisul, outra empresa estatal no mercado esportivo do país.
Entre os torcedores-investidores, o mais notável é José Roberto Lamacchia, que também tirou um jejum de patrocínio máster, precisamente o do Palmeiras. Com a Crefisa e com a Faculdade das Américas, o executivo palmeirense investiu mais de R$ 40 milhões neste ano.
E a lista tem mais nomes. Em Minas Gerais, por exemplo, o Cruzeiro não é o único a depender da paixão alheia. O atleticano Rubens Marins, presidente da MRV Engenharia, colocou a empresa como patrocinador máster de seu clube de coração. E foi além: a companhia cedeu um terreno para a construção de um estádio para o Atlético e deve ser o principal investidor da obra.
Por fim, completa a lista de padrinhos do futebol o empresário Neville Proa, que decidiu adotar os quatro clubes do Rio de Janeiro. Após quatro anos com o Botafogo, a empresa fechou com Flamengo, Vasco e Fluminense neste ano.