A surpresa foi geral quando o juiz apitou o fim de jogo entre Cruzeiro e Once Caldas. Após vencer na Colômbia, o time brasileiro, considerado um dos favoritos ao título, foi eliminado em casa. Além da decepção dos torcedores, o resultado adverso também pegou o marketing do clube desprevenido; havia negociações por patrocínio pontuais em andamento.
Há um mês, o clube havia anunciado acordos com a rede de supermercados BH e com a distribuidora de combustíveis Ale. Os contratos preveem que as marcas fiquem expostas na barra da camisa e nos ombros respectivamente. Sua validade, no entanto, era apenas para a partida final do Campeonato Mineiro. O período abrangeu a reta final do Estadual, além das duas partidas contra o Once Caldas.
A ideia da diretoria de marketing do Cruzeiro era conseguir acordos pontuais mais altos nas últimas etapas da Copa Santander Libertadores. Considerando as propostas que estavam sendo negociadas, o clube calcula que tenha deixado de ganhar pelo menos R$ 1 milhão apenas em acordos pontuais com a eliminação no torneio. A conta não inclui ganhos com bilheterias, premiações e vendas de camisas.
Para o diretor de marketing do clube, Marcone Barbosa, um fato que alivia a eliminação precoce é a presença do time nas decisões do Campeonato Mineiro. Ainda assim, essa situação dificulta, ainda que positivamente, o trabalho do departamento. “É difícil mensurar o quanto a saída da Libertadores atrapalha porque ainda estamos vivendo jogos importantes. Só no começo do Campeonato Brasileiro teremos uma ideia melhor”, afirmou.
Para o último jogo do Estadual, não há nenhum planejamento para grandes ações no estádio. O time perdeu a primeira partida e terá que superar o Atlético Mineiro e a má fase. Em campo, o marketing só entrará com o que já é tradicional em decisão, caso de mascotes e queima de fogos.
Os novos planos do marketing cruzeirense estão focados no Campeonato Brasileiro. Entre eles, está a retomada na busca por parceiros pontuais para jogos com mais visibilidade no Nacional. O clube também não descarta um acordo com maior duração, que fique até o fim do ano. Em 2010, o grupo Hypermarcas fechou para ficar com ombros e barra da camisa, mas apenas para as últimas seis partidas do ano.