Em novembro de 2016, a Nike abriu a primeira loja da marca Jordan na Europa. No ano seguinte, a marca substituiu a Adidas como patrocinadora da seleção francesa de basquete. E, nesta quinta-feira (13), a Jordan foi revelada como a nova parceira do Paris Saint-Germain no uniforme que será usado na Liga dos Campeões da Uefa, principal torneio entre clubes de futebol do planeta.
O negócio, que ganhou repercussão mundial, representa o mais midiático passo da estratégia que a Nike traçou para os próximos anos na Europa. A escolha de Paris como centro de “ataque” da marca ao continente não é em vão. Em 2024, a cidade abrigará os Jogos Olímpicos. E a Nike quer, até lá, ter mais espaço num continente em que tem mais dificuldade em superar a concorrência com a Adidas.
Foto: Divulgação / Nike
“Paris não é apenas uma importante capital mundial da moda mas também está posicionada como uma verdadeira capital esportiva global, sediando o Mundial Feminino (de futebol) em 2019 e a Olimpíada de Verão em 2024. Nossas parcerias com equipes em todo o mundo reafirmam que estamos aprofundados na cultura do esporte – e isso pode ser qualquer esporte”, afirmou Felix Ximenes, diretor de comunicação da Nike do Brasil, com exclusividade à Máquina do Esporte.
A decisão de dar mais força à marca Jordan, porém, está relacionada ao desempenho que a divisão, que tem Michael Jordan de sócio, nos resultados da empresa. De acordo com o último ano fiscal, encerrado em junho passado, a marca Jordan faturou US$ 2,86 bilhões. Foi quase o dobro do que o segmento de basquete faturou no mesmo período (US$ 1,49 bilhão) e 25% mais do que o futebol (US$ 2,1 bilhões). Só os segmentos de roupas casuais, running e treinamento têm desempenho melhor.
“A Jordan Brand alimenta um crescimento por meio de parcerias com as maiores ligas do mundo, times e atletas, expandindo seu portfólio de produtos para entregar mais opções aos seus fãs. O torneio entre times europeus é o maior campeonato entre clubes do mundo, então usar o Jumpman sob as luzes em um palco global é um ajuste natural. O crescimento da Jordan além do basquete agora se estende ao futebol, futebol americano, beisebol, golfe, boxe e Nascar”, disse Ximenes.
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Nos próximos anos, essa estratégia de levar a marca Jordan a outros esportes deve fazer as vendas aumentarem substancialmente. Usando ainda o poder de propaganda de atletas como Neymar e Mbappé, a tendência é que, até 2024, Paris já tenha sido tomada pela Nike antes mesmo de os Jogos Olímpicos começarem.