Na última quarta-feira, Nacional do Paraguai e San Lorenzo da Argentina disputaram a primeira decisão do torneio de futebol mais importante da América Latina. Aqui, no Brasil, o evento ficou restrito aos torcedores mais aficionados.
A verdade é que o principal torneio do continente parece não fazer nenhuma questão de ser visto. A primeira questão óbvia é a falta de atrativos em campo. É difícil comparar o apelo de Cristiano Ronaldo com Leandro Romagnoli, meia do San Lorenzo.
Mas há algumas coisas que poderiam ser pensadas. Uma delas é a obrigatoriedade das emissoras que compraram o direito de transmissão em exibir as duas finais, como é feito em muitos torneios. No Brasil, por vezes a final com um time brasileiro não é exibida nem mesmo em todos os Estados pela Globo.
O fato de ser na quarta-feira também atrapalha. O horário impede transmissão para a Europa e não facilita o turismo entre os países envolvidos. A ideia de fazer no pós-Copa também não ajuda muito. Além do anticlímax pós-Mundial, há países, como o Brasil, que não vivem o torneio há meses.
No Brasil, junta a esse cenário o desinteresse da mídia e dos patrocinadores, que jogam no lixo o contrato com o torneio para países que não estão representados. Na quarta-feira, a grande maioria dos interessados por futebol assistiu à Copa do Brasil e foi dormir. Libertadores sem brasileiro passa em branco por aqui.