O paulistano Lucas di Grassi será um dos pilotos da Virgin Racing em 2010, ano em que a equipe fará sua estreia na Fórmula 1. Além disso, o time terá o baiano Luiz Razia como um de seus suplentes. A nacionalidade não foi um critério considerado para essas apostas, mas ratificou a intenção do grupo Virgin, principal patrocinador da escuderia, de investir no Brasil nos próximos anos. Criado por Richard Branson na década de 1970, o grupo Virgin possui mais de 200 empresas espalhadas em 29 países. No ano passado, as receitas globais da companhia ultrapassaram 11 bilhões de euros. A atuação da Virgin permeia segmentos tão distantes quanto o mercado fonográfico e a construção de naves espaciais. No entanto, o setor de telecomunicações deve ser a porta de entrada para o grupo no mercado brasileiro, ainda sem data para acontecer. ?O Brasil é muito interessante para a Virgin. Trata-se de um mercado com muito potencial, em expansão, e nós olhamos para cá. Estamos procurando oportunidades no Brasil, assim como acontece em outras partes do mundo, com ênfase em telecomunicações?, confirmou Alex Tai, CEO da Virgin Racing, em coletiva realizada em São Paulo para apresentar Di Grassi como piloto da equipe. A participação do paulistano no time foi viabilizada por um contrato entre ele e a Clear, marca de xampu que faz parte do grupo Unilever. A empresa também será uma das patrocinadoras da Virgin Racing em 2010 ? os valores desse aporte não foram divulgados. Entretanto, o fato de ter dois pilotos brasileiros e um investimento oriundo do Brasil não fazem parte de um planejamento da Virgin com foco no mercado nacional. Segundo Tai, a escolha de Di Grassi foi definida apenas com critérios técnicos: ?Queríamos o melhor piloto, e pensamos que ele era a melhor opção. Além de rápido e consistente, ele é um garoto muito inteligente?.