Desde que o projeto da Arena Corinthians foi anunciada, o clube sempre deixou claro que uma das principais fontes de renda seria a venda dos naming rights. Já se passaram mais de quatro anos, e nenhum acordo foi assinado.
Em curto prazo, a perspectiva pouco mudou para o clube.
“Os valores são altos, em torno dos R$ 400 milhões. E o tempo de contrato é longo, vinte anos. São fatores que fazem as negociações serem bastante difíceis”, comentou o diretor de marketing do Corinthians, Marcelo Passos.
No momento, o clube mantém conversas com quatro empresas. Uma delas conversa já acontece há alguns meses, em negociação que começou com o ex-presidente Andrés Sanchez. As tratativas, no entanto, não são simples.
Outra conjuntura que atrapalha o clube, segundo o dirigente, é o momento econômico vivido pelo país. O próprio governo admitiu que 2015 deverá ser um ano com contração no PIB e inflação acima da meta. Um cenário que é pouco convidativo para fazer grandes investimentos em marketing.
Ainda assim, o clube viu outras arenas no Brasil fecharem acordos semelhantes. Foi o caso da Allianz, no Palmeiras, e da Itaipava, na Fonte Nova e Pernambuco.
Para driblar uma negociação difícil, o clube tem destravado outras propriedades do estádio, independentemente do naming right. Na semana passada, por exemplo, a direção corintiana iniciou as vendas dos camarotes, com preços que partem de R$ 340 mil. O estádio tem 89 deles.
E há também outros direitos de nomes. O clube busca empresas interessadas em nomear os setores dos estádios, como acontece em algumas arenas pelo mundo, como a do português Benfica.
Além disso, o clube se prepara para obter novas receitas antes travadas, já que o estádio ainda passa por algumas obras. Há, por exemplo, um local para casamentos, que ainda está fechado. Ele se soma a um espaço para feiras e exposições, auditório para 300 pessoas e estacionamento, que pode receber shows musicais.