No masculino, o voleibol brasileiro é o atual tricampeão mundial. Entre as mulheres, obteve a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, e está nas semifinais do Mundial disputado no Japão. O domínio do país sul-americano na modalidade já se transformou em preocupação para dirigentes internacionais.
“Não é bom para o esporte”, disse o chinês Jizhong Wei, presidente da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), em entrevista coletiva sobre o desempenho da seleção masculina durante os últimos anos.
A avaliação foi corroborada por Ary Graça Filho, presidente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Segundo ele, o principal problema que a modalidade sofre com o domínio do país é a falta de competitividade.
“Comercialmente falando ele tem razão. É que nem na praia, onde há mais de 15 anos você tem Brasil contra Brasil nas finais. Os promotores ficam desesperados. As televisões ficam desesperadas. Aí eles ficam criando regras, tipo country quota, para impedir que mais brasileiros joguem”, ponderou o dirigente brasileiro em entrevista ao “UOL Esporte”.
Até o momento, a FIVB não cogitou nenhuma medida específica para coibir o domínio brasileiro no voleibol internacional. Questionado sobre isso, Graça Filho lembrou apenas do regulamento do Mundial masculino, extensamente criticado por jogadores e comissão técnica da equipe brasileira, que se sagrou campeã.