Em entrevista coletiva que marcou os 30 dias para o início dos Jogos Olímpicos, o prefeito da cidade, Eduardo Paes, pediu para que o Rio de Janeiro não seja com Nova York ou Londres.
“Comparem o Rio com o Rio”, afirmou o político.
Paes refutou as críticas em relação à não entrega de projetos que constavam no dossiê de candidatura da cidade, que venceu a eleição do COI (Comitê Olímpico Internacional) em 2009. A prometida despoluição da baía de Guanabara, bem como das lagoas existentes na cidade não foi entregue.
“Estamos fazendo os Jogos mais baratos e com muito mais legado. O que acho mais fantástico é a oportunidade para nosso país. Posso afirmar aqui que nenhuma dessas obras ultrapassou o preço. Todas essas obras, tirando o Velódromo, terminaram dentro do prazo”, comentou o prefeito.
O Velódromo foi a última instalação esportiva entregue, no marco de 40 dias para os Jogos. A instalação, porém, estava inacabada, com 97% da obra concluída. É um alento em relação à Copa do Mundo, quando a Arena Corinthians e a Arena da Baixada, correram risco de não serem completadas a tempo. Os Jogos Pan-Americanos, em 2007, padeceram do mesmo problema. Na ocasião, o Velódromo também havia sido o calcanhar-de-aquiles da organização do evento.
Outro fator de preocupação é a conclusão das obras do metrô até a Barra da Tijuca, local do Parque Olímpico. A estação deve ser inaugurada em 1º de agosto, às vésperas do início da competição, cuja cerimônia de abertura será quatro dias depois.
“É um milagre que o governo do Estado tenha conseguido concluir a linha 4 do metrô”, ressaltou Eduardo Paes em sua palestra.
“Então está atrasado [o metrô]. Está atrasado nada. Está atrasado cem anos. Cinquenta anos que está atrasado o metrô do Rio.”
O prefeito preferiu exaltar a conclusão de 12 túneis ou mergulhões, que totalizam 16 km, segundo a apresentação de PPT. “Por causa do período olímpico se construiu 18 km de túnel no Rio de Janeiro. É mais do que o dobro do que tinha”, disse, inflando a quilometragem total.