Enquanto Guilherme Giovannoni e Vitor Benite eram assediados por fotógrafos e repórteres na cerimônia de premiação do Novo Basquete Brasil (NBB), em outra mesa, distante do aglomerado de atletas e jornalistas, jantavam calmamente executivos da Eletrobras, patrocinadora da liga. À Máquina do Esporte, avaliaram o negócio.
Luiz Rizzo e Vera Formiga, assessores especiais de assuntos institucionais da empresa estatal, contaram que, na segunda edição do campeonato, o valor gerado em mídia superou em nove vezes o montante gasto no patrocínio. “Agora, na terceira edição, ainda não tenho números, mas estará entre dez e doze vezes”, afirmou Rizzo.
O crescimento desse retorno em exposição de marca, entretanto, depende do crescimento do basquete em alguns pontos. A Eletrobras quer mais tempo de transmissão das partidas em rede aberta, como a Globo fez com o Jogo das Estrelas, em janeiro. Caso jogos do NBB fossem exibidos, a marca da estatal se multiplicaria.
Outro fator que precisa ser melhorado pelos clubes brasileiros é a criação de novos ídolos. “Nós já temos jogadores que são simpáticos à torcida, como Giovannoni e Marcelinho, mas precisamos de mais”, argumentou o assessor. “O basquete brasileiro precisa de nomes que sejam idolatrados, adorados, algo maior, para crescer”.
O surgimento desses atletas citados por Rizzo, contudo, está mais uma vez relacionada à maior exposição da modalidade na televisão. Para a Eletobras, o basquete precisa encontrar espaço na programação da emissoras, sem colidir com horários e datas tradicionalmente reservados ao futebol, como quartas e domingos.
Há, por fim, esperança na classificação da seleção brasileira de basquete aos Jogos Olímpicos de 2012, a serem realizados em Londres. A patrocinadora torce pelo bom desempenho do Brasil em agosto, no Pré-Olímpico que será organizado na Argentina. “Ir a Londres abre um leque enorme de possibilidades”, concluiu Rizzo.
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